sábado, 28 de fevereiro de 2015

Vontade

    Nas redes sociais, principalmente no Facebook, a maioria dos meus amigos virtuais querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A cada postagem, o número de comentários e curtidas à favor, pipocam emitindo um aviso sonoro "On-Line".
    A presidente Dilma (PT), foi reeleita com 51,64% dos votos válidos, contra 48,36% de Aécio (PSDB). O PT venceu em 15 estados e o PSDB em 11, mais o Distrito Federal. Sem dúvidas que foi uma vitória apertada que dividiu o país ao meio.  
    Dilma se reelegeu com a força da maioria dos partidos, máquina governamental e por um forte apelo popular dos menos favorecidos, principalmente na região nordeste, onde venceu em todos os estados. O final do seu mandato, indicava essa situação.
    Para garantir a reeleição, Dilma usou pesquisas internas, que indicavam o tipo de discurso que a maioria dos eleitores queria ouvir, divididos por região e público. Dessa forma, fica mais fácil penetrar no inconsciente das pessoas, agradando o seu ouvido.
    Passado o período eleitoral, a presidente do povão não conseguiu cumprir as suas promessas de campanha, e nem muito mesmo garantir o que já havia conquistado. Trata-se de uma situação vulnerável, onde a qualquer momento pode-se cair.
    Pela vontade dos amigos do"Face", a Dilma já teria deixado o Palácio do Planalto, resta saber a opinião da maioria da população. Vivemos em uma democracia, portanto temos que respeitar a maioria e a legislação do país, sendo bom para todos.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Disparidade

    Na minha juventude eu cheguei a admirar as profissões de juiz e promotor público, confesso hoje que apesar de ser uma carreira difícil e que requer curso superior de direito e concurso público para o seu ingresso, perdi o entusiasmo.
    Os auxílios que essas duas profissões recebem, é algo incompreensível em um país onde o salário de um trabalhador mal dá para se alimentar. Compreendo que trata-se do mérito individual, de cada juiz e promotor o alcance do cargo.
   A diferença salarial de um professor com o salário de um juiz por exemplo, é gritante levando em consideração a importância de um educador, não desmerecendo ou diminuindo a função de um magistrado ou promotor público. 
   É lógico que cada  pessoa escolhe a sua profissão, entretanto algumas recebem tantos mimos e mordomias, que se torna injustificável e aceitável, essa situação que no mínimo eu considero imoral, apesar de ser amparada em lei. 
   Se a constituição brasileira determina que todos os cidadãos tem os mesmos direitos, portanto o trabalhador também deveria receber auxílio moradia, alimentação, transporte, vestuário, cultural, e auxilio diversão  incorporado ao seu salário.
   Tenho um primo juiz, outro promotor e um amigo desembargador, embora recebam esses benefícios, os três tem consciência da disparidade entre os salários de servidores público. Não se trata de inveja e nem de mágoa, apenas de justiça. 

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Bancada

    Se já não bastasse o péssimo desempenho da Câmara dos Deputados, que demora quase 20 anos para aprovar projetos de interesse coletivo, é cada vez maior a bancada de católicos e evangélicos, que  promovem o atraso ao país.
   Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a bancada evangélica tem mais de 80 deputados, distribuídos pelos partidos, PR (Partido da República), PSC (Partido Social Cristão) e PRB (Partido Republicano Brasileiro).  
   Os que se denominam parlamentares católicos, são mais de 200, formando com os evangélicos, a Frente Parlamentar da Família e Apoio à Vida. Trata-se de uma bancada numerosa, poderosa e perigosa. Temas considerados polêmicos, nem se discute.        
   As principais denominações religiosas na Câmara, são representadas pelas Igrejas Assembleia de Deus, Batista, IURD, Presbiteriana e Renascer. Os deputados mais conhecidos são Antony Garotinho, Pastor Everaldo, Marco Feliciano e Pastor Eurico.
   Em 2013 quando presidiu a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano, conseguiu a aprovação do projeto que ficou conhecido como "cura gay", que permite a psicólogos promoverem tratamento para curar a homossexualidade.
  O atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), pretende desarquivar o projeto que cria o dia do Orgulho Heterossexual. Temas como união civil homossexual, aborto e redução da maioridade penal, nem entrarão em votação.          

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Óleo de peroba

   É muito comum nas cidades do interior, as pessoas se referirem sobre quem não tem vergonha na cara, ter usado óleo de peroba, ao fazer de conta que nada fez ou aconteceu. Chegamos em uma situação nunca antes vista na história do país.
   O nível de cara de pau, ou de quem usou óleo de peroba no rosto, para tentar enganar e mentir, que não houve um ataque brutal e sem precedentes na história da Petrobras chegou no limite. Nem os mais fanáticos eleitores de carteirinha acreditam mais.
    Houve um tempo, no início das acusações de corrupção e desvio da estatal, que todas as denúncias eram fruto da direita elitista e rancorosa contra a esquerda socialista. A revista Veja, era alvo de comentários do tipo "a serviço da burguesia contra o povão".
    Tudo era culpa da TV Globo, que chantageava o governo por  mais verba publicitária. Eram os invejosos que não queriam um país para todos, que queriam impedir as classes menos favorecidas de exercerem os seus direitos constitucionais.
    Ninguém do governo viu,ouviu e sabe de nada, tudo é fruto da imaginação de quem perdeu a eleição e não se conforma. Fernando Collor de Melo, sofreu impeachment por ter usado sobra de campanha e ter recebido um veículo como presente.
    Lula tinha razão, nunca antes na história desse País, se roubou tanto dinheiro público, como fizeram com o maior símbolo de riqueza e orgulho de uma nação. Não tiveram dó da Petrobras, como ratos agiram de acordo com a natureza, roeram o que puderam.