terça-feira, 25 de junho de 2013

Uso campeão

      O Brasil é campeão de leis em desuso, atrasadas, absurdas e imorais. Uma delas se refere a possibilidade de você tomar posse, de uma área urbana (terreno) que não lhe pertence via judicial. Essa modalidade de adquirir sem pagar, chama-se usucapião.
       Muitas pessoas, se referem ao usucapião como usocampeão. Nessa modalidade esportiva, o nosso País é medalha de ouro garantida. Existe uma indústria silenciosa, que age como cupim, quando você se dá conta já perdeu um pedaço ou toda área.
      De acordo com o artigo 1.238 do código civil, " Aquele que possuir por cinco anos, sem interrupção, nem oposição de forma mansa e pacífica, adquiri a propriedade " Dessa forma, proprietários de lotes urbanos correm esse risco.
      É normal, você residir em uma cidade e ser dono de terrenos em outra. Portanto se aproveitando da distância, pessoas mal intencionadas usam e abusam dessa lei que permite inclusive, que pessoas não proprietárias paguem o IPTU de terceiros.
      A recomendação é que os lotes urbanos e valorizados por despertarem a cobiça desses cupins, sejam murados ou cercados. A  partir do momento, que algumas prefeituras fazem vista grossa na emissão do IPTU, todo cuidado é pouco.
      Preferencialmente dá-se esse direito, aqueles que não possuem terras e nem condições de adquirí-las. O conceito é puramete social, é uma forma de assentar cidadãos que não tem moradia. Leva-se tembém em consideração as benfeitorias feitas ao longo dos anos.

sábado, 15 de junho de 2013

Enquanto isso

      Em 30 de outubro de 2007, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e Copa das Confederações de 2013. De lá para cá, não se fala em outra coisa a não ser futebol. Os grandes anunciantes e patrocinadores da seleção Brasileira, investem pesado.
      Quase todos os comerciais de TV, tem alguma alusão a Copa do Mundo. É como se o Brasil respirasse futebol 24 horas por dia, e nós não tivéssemos problemas com a educação, segurança pública e saúde. Basta folhear uma revista que o bombardeio é grande.
      O Brasileiro é considerado um povo pacífico e ordeiro, não tem o hábito de protestar e reclamar das condições e da situação do País. Essa semana, o aumento das tarifas de ônibus causou uma enorme indignação nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia.
      Junto com essa manifestações, começaram a fazer protestos contra a Copa do Mundo. Não que a população seja contra o Brasil sediar um mundial, é que enquanto isso as nossas rodovias estão em péssimo estado de conservação, provocando milhares de mortes.
      A coisa é tão séria, que criaram um índice de "Elefante branco dos estádios", para sabermos o tamanho do desperdício de dinheiro público investido. Brasília a capital federal, é um desses exemplos que não possui nenhum time na série A do campeonato Brasileiro.
      A Presidenta Dilma como ela gosta de ser chamada, tem os melhores índices de opinião pública dos últimos 16 anos. Enquanto isso, mulheres dão a luz em corredores de maternidade. Professores passam fome e trabalhadores são assassinado por causa de um celular.

domingo, 9 de junho de 2013

O circo

      Em 1978, eu tinha dez anos de idade e me lembro como se fosse hoje, era uma tarde de  inverno do mês de setembro. Naquela tarde surgiu na rua Dr. José Morbeck, em frente onde hoje funciona o supermercado real, um perna de pau.
      Naquela época, as ruas de nossa cidade não eram calçadas ou asfaltadas. De longe eu avistei aquele ser de mais de cinco metros de altura, em meio a poeira anunciando com um megafone que o circo havia chegado em nossa cidade.
      Dezenas de crianças e cães latindo, seguiam aquele homem vestido de palhaço com as suas enormes pernas gritando "hoje tem espetáculo" e a criançada respondia "tem, sim senhor". A cada resposta positiva, o perna de pau jogava balas para a criançada.
      Como não havia televisão, rádio e internet, o circo era uma atração que reunia toda a família e moradores de toda a região. O local onde o picadeiro era montado, é onde hoje foi construido a Igreja evangélica presbiteriana renovada (Pastor Célio)
      Segundo o meu assessor para assunto circense (João Maia), o maior e melhor circo que já se apresentou em nossa cidade, foi o Transcontinental. O único meio de conhecer animais selvagens, como leões, elefante e chimpanzé era o circo.
     Além das feras, os palhaços faziam o público se divertir com a suas piadas. Entre as principais atrações do espetáculo, eu destaco os números de mágica e o trapézio que tirava o fôlego da platéia. O globo da morte e anões, eram novidades.   
     

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Feriadão

     Como eu estou proibido de ingerir bebidas alcoólicas pelo Dr. Medina, aproveitei o feriado de Corpus Christi para ler e ouvir músicas. Fiz um estoque de picolé da sorveteria do seo João Borges (macioso) e algumas guloseimas do verdurão da Helena.   
     Confesso que por gostar de tomar cerveja logo pela manhã, deixava de fazer muitas outras coisas como jogar tenis, ler e ouvir música. Sentar em uma mesa de bar rodeado de amigos, beliscar uma porção acompanhada de uma loura gelada não é nada mal.
     Comecei a jornada pela minha modesta biblioteca, tenho vários livros que nunca sequer havia aberto uma única página. O primeiro exemplar que bati os olhos, foi uma breve história sobre a Bíblia. O segundo um guia prático de comidas saudáveis e perigosas.
     Cansado da leitura entediante, que já havia passado por 200 anos da vinda da família real para o Brasil,  Atlas national geographic "América do Sul", Estatuto do Idoso e Mamíferos do Brasil, decidi mudar para a minha discoteca desatualizada.
     Curiosamente pela possibilidade de no próximo festival náutico, além da volta do Araketu as bandas de rock nacional RPM e Engenheiros do Hawai tocarem aqui, fiz uma sessão nostalgia ao lembrar-me de quando tinha os meus 18 anos.
     Coube a memória, voltar em Outubro de 1986 após assistir o show do RPM no Liceu Cuiabano, conhecí o vocalista Paulo Ricardo e o baterista PA no restaurante Pirandello. Aquela noite terminou em um quarto de hotel, em companhia dos dois artistas e do meu finado amigo Rodrigão Cabeça.