terça-feira, 27 de novembro de 2012

Oh, Glória !

      Eu comecei assistir novelas muito cedo, por volta do ano de 1976 com apenas oito anos. Naquela época a TV tinha acabado de chegar em nossa cidade, ainda era preto e branco. Dava para contar no dedo, a quantidade de aparelhos nas casas.
      A minha estréia não poderia ser melhor, a novela era Saramandaia de Dias Gomes dirigida por Walter Avancini. O diferencial para hoje, eram os personagens exóticos como João Gibão interpretado pelo ator Juca de Oliveira, que tinha asas e no último capítulo voou.
     O diretor através dos seus personagens, driblava a censura e abordava temas sociais, políticos e culturais. Quem teve a oportunidade de acompanhar o folhetim das 22 horas, jamais vai se esquecer do Coronel Zico Rosado que soltava formiga pelo nariz.
     As vezes eu me pergunto, como eu me lembro dessa novela se eu tinha apenas oito anos. Impossível esquecer, primeiro pela novidade da televisão e segundo pelos personagens nada convencionais. Uma mulher explode de tão gorda, o outro virava Lobisomem.
     A trilha sonora era de fazer inveja, Luiz Gonzaga, Geraldo Azevedo, Ney Matogrosso, Alceu Valença, Fafá de Belém e Gilberto Gil. O Cantor Ednardo ficou famoso, pela música Pavão Misterioso que até hoje é lembrada e cantada.
    Hoje quando assisto Salve Jorge, da autora Glória Perez, de sucessos como O Clone, Caminho da Índias e América, fico triste apesar dos temas sempre relevantes de pano de fundo. Os atores quase sempre são os mesmos e não conseguem nos fazer lembrar daqui dois anos.





segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Programa de índio

      Ultimamente tem se discutido muito em nosso País, sobre o tamanho e a necessidade cada vez mais de reservas indígenas. Quando o Brasil foi descoberto supostamente pelos portugueses em 1500, havia uma população de 6 milhões de índios.
      Segundo cálculos da FUNAI (Fundação nacional do índio) hoje não passam de 300 mil, incluindo os que moram em cidades. No período da descoberta, eram mais de1.300 línguas faladas pelos indígenas, hoje são pouco mais de 170.
      O número de índios no Brasil e na  Amazônia, vem crescendo mais que a média nacional, a taxa de crescimento é de 3,5% contra 1,3% da nacional. Essa superação é devida as condições que os índios vivem hoje, após quase a extinção na década de 1970.
      A maioria das tribos, vivem dos recursos naturais que as reservas lhes proporcionam. A caça, pesca, plantação e coletas são a forma principal de sobrevivência. Existe uma divisão de tarefas, que pode ser pelo sexo, idade ou importância dentro da tribo.
     Cabe as mulheres cuidarem dos filhos, casa e da roça. Os homens são responsáveis pela defesa, coleta e da caça. A terra pertence a todos, e cada um tira o seu sustento individual ou coletivo. O pajé uma espécie de curandeiro espiritual, fica com a sombra e água fresca.
     De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela CNA (Confederação Nacional da agricultura e Pecuária) as principais queixas dos índios são : Saúde 30%, Emprego 16%, Saneamento 16%, Alimentação 12% e Educação 10%.

domingo, 11 de novembro de 2012

Providência

     O ano de 2012 será lembrado de como a segurança pública, não consegue exercer a sua  finalidade com sucesso. Cada vez mais, pagamos impostos e não conseguimos enxergar o retorno por parte dos orgãos públicos responsáveis pela segurança.
     A cidade de São Paulo passa por sua pior crise, só nesse ano já foram assassinados mais de 90 policiais militares. Se os próprios agentes do estado que fazem a segurança pública são mortos, o cidadão comum se pergunta quem o protegerá.
    Vários fatores são analizados por especialistas em segurança, o principal seria a falta de investimentos no aparelho policial em forma de viaturas, helicópteros, motocicletas, armas modernas,inteligência,coletes e etc. O número de policiais também é insuficiente.
    A maior parte da arrecadação vai para o união, as menores são divididas entre os estados e municípios. Levando em consideração que o indivíduo mora na cidade, seria lógico a inversão dos recursos, os prefeitos e governadores estão mais próximos da população.
    No estado de São Paulo, a corregedoria da PM expulsa em média oito policiais por mês, envolvidos em diversos crimes. O salário e as condições de trabalho, não são atraentes o suficiente para que essa reposição seja ao contento da corporação.
    A sociedade que está no fogo cruzado, cobra providências enérgicas contra essa onde de crimes, que assola a capital Paulista. Não basta a prisão dos criminosos, a pena deve ser rigorosa no sentido de punição e exemplo para a bandidagem.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Guerra Santa

     A milhares de anos os homens matam em nome de Deus, como se assim o tivessem permissão para tal brutalidade. Quase todas as religiões de uma forma ou de outra tiveram a sua contribuição. O ser humano na ausência de uma resposta, julga estar correto.
     O homem moderno se pergunta como fomos criados e por quem, para onde vamos após a morte e se viveremos em espírito. Quantas pessoas não foram mortas em fogueiras, acusadas de serem bruxas ou fazerem pacto com o diabo.
     Por enquanto ninguém tem essa resposta, quem ousa questionar a Bíblia sagrada é considerado ateu ou louco. As histórias eram modificadas ao sabor da vontade dos mandatários, aos pobres só restavam a obediência e a fome.
     Enquanto religiosos moram em verdadeiros castelos com vinhos e frutas, a população conhece o verdadeiro inferno. Aos ricos saúde e educação, para a população o cabo de uma enxada. Assim a doutrina passa de pai para filho.
     Jesus passou pela terra e deixou o grande ensinamento, porém os responsáveis pela sua palavra se esquecem que ele a tudo assiste. Se por acaso houver um julgamento, os senhores das batinas serão os primeiros a queimarem no azeite.
     Em meias palavras deixo o meu ensinamento, olhe para o próximo sem penitência ou culpa. Cada um faz o seu caminho sem hipocrisia ou fantasia. Siga a sua intuição e saiba que construções majestosas, símbolos, altares e imagens desvirtuam o nosso raciocínio.