domingo, 28 de setembro de 2014

Proprietários

     Outro dia, assistindo uma entrevista de um candidato ao governo de Mato Grosso pela TV, ele disse que não era apoiado por pessoas, e sim por partidos. Daí eu pensei, qual a diferença entre ele e o seu principal adversário, que é apoiado por partidos.
      Não existe candidatura majoritária sem a união de vários partidos, tendo em vista que no nosso país temos mais de 40 agremiações partidárias. Antigamente, quando o sistema era o bi-partidarismo, com apenas dois, a declaração teria sentido.
      Em Mato Grosso e no resto do país, todos os partidos tem dono. A nível nacional existe uma sociedade, daí em diante em cada unidade da federação uma pessoa comanda a sua sigla. Os partidos são formados por diretórios, porém obedecem a uma pessoa.
      Geralmente os presidentes de partidos, são os detentores de mandato. Os diretórios nacionais são comandados por senadores, os estaduais por governadores ou deputados federais, e os municipais por prefeitos ou vereadores, sendo assim as suas vontades é que predominam.
      Qual a diferença entre ser apoiado pelo PMDB ou por Carlos Bezerra, pelo DEM ou por Júlio Campos, pelo PR ou por Blairo Maggi, pelo PPS ou por Percival Muniz, pelo PT ou por Carlos Abicalil, pelo PSB ou por Mauro Mendes.
      Nessa eleição para governador, não existem santos e nem capetas, todos estão no mesmo barco e nenhum partido se diferencia do outro. Nenhuma candidato recusa apoio de nenhuma sigla, não interessa quem seja o seu comandante e sim o tempo de rádio e TV.
         

domingo, 21 de setembro de 2014

Do mesmo jeito

     Entra ano e sai ano, e o nosso país continua do mesmo jeito. As eleições estão se aproximando e os candidatos e as promessa são as mesmas, todos, sem exceção prometem investir em educação, saúde e segurança pública.
     Na minha humilde opinião, investimento não é a palavra de ordem, as verbas são suficientes para garantir que serviços essenciais sejam garantidos para a população. O que tem que ser mudado é a forma de aplicação e a punição aos corruptos.
    Candidato que nunca pisou em minha cidade, aparece sorrindo se colocando a serviço da população, garantindo que será o nosso representante. E la vamos nós, esse é bom e vai nos representar, dessa vez eu não vou errar, tenho certeza. 
    E assim após o vexame da Copa do Mundo, os olhos estão atentos para a chance de faturar um extra durante o período eleitoral. Quem engana quem nessa relação, o candidato que paga pelo serviço de cabo eleitoral ou o cabo eleitoral que recebe para enganar o próximo. 
    Não se iludam, reformas profundas devem ser feitas em nosso país, não vivemos só de festas, a corrupção e a violência, estão batendo em nossas portas. Não podemos apenas rezar e contar com a sorte, temos que contestar.
    Chega eu não aguento mais, como diz o meu amigo Claudio vou concluir que nós, todos nós não temos um pingo de vergonha na cara. Poderíamos mudar esse quadro, temos uma arma na mão e não sabemos usá-la. Vote, mas tente errar menos.   

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A realidade

     O governador de Mato Grosso Silval Barbosa,  lançou um projeto audacioso e arrojado que  pretende ligar todas as regiões do estado por pavimentação asfáltica, trata-se do Mato Grosso Integrado, que visa beneficiar várias cidades.
     A rodovia MT-100 que liga os municípios de Alto Araguaia à Barra do Garças, faz parte desse programa que foi considerado o maior legado do atual governo, para a região do alto e médio Araguaia. Essa pavimentação, é aguardada há quase 30 anos.
    O trecho de 295 quilômetros, passa pelos municípios de Alto Araguaia, Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Torixoréu, Pontal do Araguaia, Barra do Garças e Araguaiana. Essa rodovia é importante para a economia desses municípios.
    Antigamente um trecho como esse, era de responsabilidade de apenas uma empresa, isso significava que a obra duraria no mínimo dez anos para ser concluída e o preço final, sairia três vezes o preço inicial. Nessa caso, são cinco empresas.
    O trecho entre Alto Araguaia a Ponte Branca (90 Km) é de responsabilidade da Ensa, de Ponte Branca a Ribeirãozinho (47 Km) é da Encomind, de Ribeirãozinho a Torixoréu (51Km) é a Equipav, de Torixoréu a Barra do Garças (54 Km) é com a Sanches e de Barra a Araguaiana (53 Km) a Trimec finaliza a obra.
    A obra se encontra em vários estágios, alguns trechos na terraplanagem , outros estão em fase de limpeza marginal, já outros prontos para ser imprimido. Alguns com base lançada e com sub-leito implantado. Para os incrédulos, favor fazer uma visitinha.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O sonho

    No início do ano de 1986 o então governador do Estado Júlio Campos (PFL), antes de renunciar ao cargo para disputar uma cadeira à Câmara Federal, lançou o tão sonhado asfalto que ligaria Alto Araguaia a Barra do Garças (280 Km).
   Quem passava pela BR 364 visualizava no trevo da MT-100, uma enorme placa indicando a pavimentação asfáltica que ligaria os dois municípios. É lógico, que constava a logomarca do governo, prazo de conclusão e valores.
   Com a renúncia de Júlio Campos, assumiu o Governo o seu vice Wilmar Peres que era ex-prefeito de Barra do Garças. Até aí tudo bem, todos acreditavam no tão sonhado chão preto. Não se falava em outra coisa na região. 
   Chegou o período eleitoral e Júlio Campos foi eleito o deputado federal mais votado do Estado, com 61.002 votos. Provavelmente com o meu, pois o meu pai era deputado estadual do mesmo partido e candidato a reeleição.
    Após as eleições o inacreditável aconteceu, as máquinas que já haviam começado a terraplanagem, simplesmente abandonaram o canteiro de obras. O recém eleito governador do Estado, Carlos Bezerra (PMDB), mandou parar tudo.
    No seu governo, Bezerra fez a mesma promessa, colocou placas, começou as obras e também não concluiu. Passado quase 28 anos, eis que o tão sonhado asfalto volta a fomentar o desejo de uma região inteira.