Parceria

         Quando a Ferronorte recebeu do IBAMA as licenças prévia, de instalação e operação para explorar a linha férrea dentro do município de Alto Araguaia, foi acordado entre ambas, uma compensação à cidade devido ao impacto ambiental e social.

         É verdade que o terminal ferroviário, gerou riquezas, criou empregos e aumentou a receita do município. Mas é verdade também, que causou um impacto social muito grande. O índice de criminalidade duplicou, o número de pacientes do sistema SUS triplicou.

        Com a vinda de operários de outros Estados, para trabalhar nas empresas que operam no terminal, o déficit habitacional explodiu junto com o aumento dos valores de aluguel e dos imóveis. A cidade não estava preparada para essa situação.

      O impacto ambiental, causado pela instalação de empresas perto de nascentes e corrêgos, ainda não despertou o interesse das autoridades municipais e estaduais, quanto à possível morte dos mesmos. Os dejetos químicos são perigosos e prejudicam o meio ambiente.

     Não temos notícia do teor desse acordo, firmado entre o IBAMA e a Ferronorte. Hoje a empresa detentora dos direitos da ferrovia, é a ALL que constantemente é manchete nas colunas policiais, referente a acidentes com vítimas fatais.

     Cabe ao Ministério Público, investigar a veracidade desse termo de acordo e questionar a sua aplicação. Temos notícias que em Itiquira a ALL, doou duas ambulâncias  para o município como forma de compensação. E aqui ficamos chupando o dedo.     

Bico seco

        O alto número de acidentes automobilísticos, causados por embriaguez no volante, são responsáveis por mais de cinco mil mortes por ano no Brasil. Diante dessa situação alarmante, o Governo aprovou a lei seca, que altera o código Brasileiro de trânsito.

        A lei 11705, proíbe o consumo de bebida alcoólica por condutores de veículos. Quem for pego sob efeito de álcool, pode ser multado e até preso.O acidente de carro causado por motorista bêbado com vítima fatal, deve ser considerado homicídio doloso.

       O motorista flagrado com uma dosagem de 0,2 gramas de álcool, por litro de sangue (equivalente à uma lata de cerveja), levará uma multa de R$ 957, sete pontos na CNH  e perderá o direito de dirigir por um ano. Aquele cuja dosagem for superior a 0,6g/l  deverá ser preso.

       Duas latas de cerveja de 350 ml, já são suficiente para alcançar o nível máximo permitido por lei. Nessa situação o motorista é encaminhado para uma delegacia e preso. O crime é afiançável e varia de R$ 300 a 1200 e um ano de suspensão.

       Eu sou à favor da vida, mas acho que o nosso País está exagerando em propor tolerância zero aos motoristas. Somos um País tropical, onde a cerveja faz parte da nossa cultura e hábitos. O que falta realmente, é uma estrutura para fiscalizar os motoristas embriagados.
        O crime de trânsito causado por bebida ou outros fatores, devem ser punidos com o rigor da lei. O que não dá para aceitar calado, é perder o direito de dirigir ou tomar uma cerveja. Volante e bebida, realmente não combinam, porém cabe ao cidadão se policiar.

O luxo do lixo

         Esta semana, eu fiquei reparando o lixo produzido em minha casa. No mesmo tambor era depositado, resto de comida, pilhas usadas, lâmpadas queimadas, bastante papel e muita sacola plástica. Cheguei a pensar em comprar um coletor seletivo.

        Na cidades onde a coleta  é seletiva, os lixeiros individuais fazem uma grande diferença. Existe uma convenção internacional, que padronizou as cores dos recipientes  que são depositado o lixo. O amarelo é para metal, vermelho plástico, azul papel e o verde para vidro.

       Dessa forma, o lixo produzido ou acumulado em nossas casas, é aproveitado e direcionado para a reciclagem. A separação dos materiais, permite a criação de cooperativas de catadores em usinas de reciclagem produzindo riquezas. 

        Hoje o Brasil é campeão, em reciclagem de latinhas de alumínio. Nós alcançamos a marca de reciclar 94,4% de todo o material produzido e vendido no mercado interno. O Brasil mantêm a liderança mundial entre os Países onde a atividade não é obrigatória.

       Segundo a Associação Brasileira de Alumínio (ABL), no Japão onde a atividade é obrigatória por lei, a média alcançada é de 90,9%. Em outros Países, de legislação bastante rígida como Dinamarca, Noruega, e Suíça o índice médio é de 88%.

       O comércio de reciclagem de latas de alumínio, movimentou cerca de R$ 1,7 bilhão no ano de 2006. A atividade gera emprego para mais de 200 mil pessoas. Somente a coleta (compra de lata) injetou R$ 540 milhões na economia nacional.

Liderança

          Liderança é a habilidade de influenciar pessoas, para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados, como sendo para o bem comum. Essa definição faz parte de um trecho do livro o monge e o executivo de James C. Hunter.

         Essa semana, eu fiz a segunda cirurgia consecutiva no hospital municipal deputado Cacildo Hugueney. Como estou de licença médica por trinta dias, recebi esse livro de um colega de trabalho para ajudar a passar o tempo em que vou ficar em casa.

       O hospital municipal tem 102 servidores, entre concursados, prestadores de serviço e DAS. Liderar 12 segmentos nas mais diversas áreas como lavanderia, cozinha, limpeza, laboratório, administração, recepção, portaria, raio x, motoristas, técnicos, enfermeiros e médicos não é fácil.

       O poder é a faculdade de forçar ou coagir, alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força. Mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. O que mais acontece em repartição pública ou mesmo em empresas privadas.

       Ao assumir o cargo de superintendente do municipal, fiz uma reflexão de todos os cargos que já havia ocupado como chefe. Fui gerente da Aurora FM, chefe da 7ª CIRETRAN, diretor regional do meio ambiente da SEMA e controlador geral do HM.

      Cheguei a conclusão que autoridade, é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade, o que você quer por causa de sua influência pessoal. Liderar é servir, dar exemplo e saber ouvir e respeitar as individualidades de cada um.