sábado, 25 de janeiro de 2014

Espaço

      Já fazia uns dez anos que eu não visitava o Zoológico de Goiânia, na minha última visita a capital do pequi há dois anos atrás, o  horto como também é conhecido pelos goianos, estava passando por uma reforma e pela reposição de alguns animais.
      Sempre que tenho a oportunidade de estar em uma cidade que tenha um Zoo, não perco tempo e faço uma visita. Desde criança tenho um verdadeiro fascínio por grandes animais, principalmente por felinos e ursos. Não perdi tempo e fui ao safari.
      Meu filho Gabriel, conheceu onça, capivara, anta, lobo, jacaré, macaco, sucuri, lontra, cateto e outros pequenos animais do pantanal, no zoológico da UFMT em Cuiabá. Pela TV conhecemos muitos animais, porém o bom é ver ao vivo.
     Com esse pensamento, levei o meu pequeno filhote para conhecer os grandes felinos. Ele ficou admirado ao se deparar com um enorme leão a menos de dois metros. Os tigres e os ursos lhe tiraram o fôlego, sem falar do enorme casal de hipopótamo.
     De Goiânia fomos para Brasília, onde demos sequência nos grandes animais. Eu pessoalmente nunca tinha visto um rinoceronte, confesso que o tamanho me surpreendeu. Os elefantes e girafas fizeram o meu Gabriel suspirar de surpresa e de um pouco de medo.
     Infelizmente o ponto negativo da visita aos animais, foi comparar o recinto dos dois Zoos. O espaço onde ficam os leões,tigres e ursos em Goiânia, é pura maldade e falta de bom senso. Já em Brasília o espaço é bom, porém a visibilidade é ruim comparada com o de Goiânia. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Alívio

      Após ficar uns seis anos sem viajar de ônibus, não tive alternativa a não ser encarar um expresso São Luiz com destino à Goiânia. A internet nos oferece comodidade e conforto, sendo assim comprei as passagens na minha casa.
      Com os comprovantes de pagamento em mãos, me dirigi até o terminal rodoviário de Alto Araguaia para solicitar a emissão dos bilhetes. Foi tudo muito simples e rápido, comprei pelo site da empresa e retirei no guichê da empresa.
      Na rodoviária fui informado que apesar de constar na minha passagem o trecho Alto Araguaia-Goiânia, eu não embarcaria aqui, e sim em Santa Rita do Araguaia. Questionei o motivo e sem alternativa, me informei do horário e conformei.
      Fui informado pela funcionária do Expresso, que a saída era às 09:45 horário de Brasília e o ônibus cumpria rigorosamente o horário. Escolhi o Master Class que saia de Rondonópolis, era um carro novo e confortável de dois andares.
      Na churrascaria de Santa Rita, descobri que na verdade o horário era o de Mato Grosso, e o ônibus atrasaria devido ao grande tráfego de carretas. Por incrível que pareça, ás 11:15 saímos de Santa Rita com destino a capital goiana.
      Fiz uma boa viagem, eram dois motoristas que se revezavam ao volante dirigindo com calma e respeitando a velocidade permitida. Após oito horas, avistei a minha cidade natal o dia já havia amanhecido e eu aliviado por ter chegado vivo.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Trauma

    Em 1987 eu estava passeando em Barra do Garças (MT) de férias com 19 anos de idade e quase nada para fazer, a não ser curtir as belas praias do rio Araguaia e apreciar a beleza da filha do Tarzan de Castro. Após 20 dias, era hora de partir e ir para casa.
    O meu primo Luiz Alberto Zaiden o "Mestre", advertiu-me que eu deveria sempre comprar passagem do lado oposto do motorista, pois 80% dos acidentes em rodovia o choque acontecia nos dois lados esquerdo dos veículos, levando em consideração que estão em lados opostos.
    Após várias tentativas de embarque, acompanhado de vários amigos, decidi que só entraria em um ônibus se viajasse do lado direito conforme recomendação do Beko. Eu não tinha pressa, a cerveja da rodoviária estava gelada e o som do carro animava a galera.
    Depois de muita espera e nenhuma vontade de deixar a Barra, eis que surge um ônibus da Viação Xavante com destino à Cuiabá com uma poltrona do lado direito. Embarquei despreocupado com um amigo na poltrona ao lado, o Adriano Azevedo.
    Ao amanhecer o dia por volta das seis da manhã, eu estava acordado fumando um cigarro Marlboro, naquela época era permitido, quando uma carreta da sementes Mônica de Rondonópolis ao tentar fazer uma ultrapassagem, chocou-se com o nosso ônibus.    
   O saldo foram 13 mortos e vários feridos, eu o Adriano e o Marquinhos de Aragarças (GO), não sofremos nada, porém várias professoras que estavam indo para um encontro em Cuiabá, não tiveram a mesma sorte e morreram no acidente.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Falsidade

     Nesse fim de ano, cheguei a conclusão de que eu sou uma pessoa falsa, pois eu converso com quem não gosto e divido mesa em bares com quem não deveria. Cumprimento pessoas que eu não gostaria nem de ver, sou gentil com quem gostaria de insultar.  
     Viver em sociedade organizada é isso, temos que dividir espaço público, trabalhar com pessoas que não temos a mínima afinidade e compartilhar gentilezas com pessoas que desprezamos. Não gosto de corintianos, porém tenho bons amigos do timão.
     A diversidade é assim mesmo, outro dia um primo meu sugeriu a seguinte situação, ao viajar de ônibus você pode dividir a poltrona com um religioso, que é filiado do PT e torcedor do Corinthians. Tudo isso seria motivo para abortar a viagem. 
     Nenhum ser humano é melhor ou mais importante que o outro, porém somos diferentes ao agir, pensar e se comportar. Eu sou pisciano, da seita humanista e torcedor do fluminense, motivos também para que ninguém queira nem a minha amizade.
     É difícil ser sincero o tempo todo, ás vezes concordamos apenas para não ser mal educado ou por pura vergonha ou medo de não ser gentil. Quantas vezes não gostamos de uma comida, e para não desagradar o anfitrião até repetimos.  
    Será que preconceito é um direto ou crime, temos mesmo que ser politicamente correto e não expressarmos a nossas verdadeiras opiniões sobre assuntos que nos dizem respeito. Não poderíamos dizer a nossa verdade mesmo que magoe os próximos.