domingo, 26 de maio de 2013

No limite

      Essa semana um empresário de 60 anos, saiu do seu apartamento portanto um revólver calibre 38 com seis munições, a fim de colocar um ponto final em uma desavença. O problema entre os moradores de um edifício residencial de alto padrão era sobre barulho.
      A princípio você pode estar pensando que em um condomínio de pessoas ricas, teoricamente educadas e cultas, jamais um incômodo como esse, resultaria em três mortes. O barulho causado pelo morador do andar de cima, não poderia ser a justificativa.
      No mínimo esse problema entre dois vizinhos, já vinha se arrastando por muito tempo. Ninguém em sã consciência mata duas pessoas e depois se suicida por um motivo aparentemente fútil. Se formos aprofundar nessa investigação, iremos descobrir muito mais.
      O direito de uma pessoa, termina quando começa o do outro. Essa frase pose ser piegas mas é a mais pura realidade, eu imagino quantas vezes esse senhor deve ter se sentido incomodado pelo casal mais jovem do andar de cima sem se preocupar com o vizinho de baixo.
      Nessa mesma noite do trágico assassinato seguido de suicídio, eu fui acordado mais uma vez pelo cãozinho da minha vizinha. Trata-se de uma pequeno vira-lata amarelo com o hábito de latir em frente da minha casa por volta das três da manhã .
      Não tive dúvidas, depois de cinco meses de noites  mal dormidas resolvi acabar com aquele incômodo. Pensei em desferir seis tiros em sua cabeça, tamanha era a minha raiva e mal humor. Tive tempo de pensar e tentar resolver de outra forma, diferente do casal que não teve essa chance. 
        
     

sábado, 18 de maio de 2013

Pura maldade

      O ser humano, já nasce mau ou a maldade é um produto do ambiente em que vivemos. Segundo a Bíblia, Cain matou o seu próprio irmão Abel por ciúmes. Fica difícil para pessoas leigas, chegar a uma conclusão sobre o que leva a maldade.
      Alguns psiquiatras dizem que todos nós temos um pouco de maldade, alguns com um grau mais acentuado e outros com menos. Essa maldade genética pode ser ativada, ou nunca ser experimentada pelo cidadão comum no dia a dia.
      Semana passada, cinco homens com idade entre 19 e 25 anos, invadiram uma chácara no interior de Minas Gerais, com a finalidade de roubar um casal.  A propriedade era simples, e mesmo assim os bandidos torturaram um idoso de 69 anos.
      Talvez somente um psicólogo, possa justificar tamanha maldade gratuita que o homem pratica contra o seu semelhante. É quase impossível, que o fato de uma pessoa não possuir dinheiro, seja motivo para ser queimado por quem o rouba. 
      Como identificar, os sinais emitidos por pessoas má. Alguns são fáceis, como por exemplo na infância quando as crianças agridem com frequência os mais fracos. Crianças que maltratam animais e gostam de brincadeiras violentas podem ser um deles.
      Matar uma pessoa que nunca lhe fez mal, e que não a conhece por causa de um aparelho celular, é algo inaceitável. Isso tem acontecido todos os dias, e a sociedade não conseguiu detectar essa psicopatia para impedir essas atrocidades.

domingo, 12 de maio de 2013

Menores, cuidado

     Assistindo os telejornais de todas as emissoras, é fácil identificar uma mudança de comportamento de jovens infratores. Na década de 1980 os adolescentes que se envolviam em crimes, eram chamados de trombadinhas. Geralmente, praticavam pequenos delitos como furto e roubo.
     Ultimamente os crimes que envolvem menores de idade, migraram para assassinatos, latrocínio e sequestro-relâmpago. A principal causa segundo especialistas, é o uso de drogas como o crack. As crianças cada vez mais cedo, tem tido contato com drogas.
     Muito tem se discutido onde está a falha, que tem levado os jovens a saírem de suas casas e morarem nas ruas. A falta de vagas em escolas, cursos profissionalizantes, apoio familiar e perspectiva de uma vida melhor, estão entre elas.
    Uma coisa é consenso, entre todas as vertentes que buscam uma solução para esse grave problema social. Algo tem que ser feito com urgência ou toda uma geração de crianças, vão se tornar criminosos sem condições de ressocialização.  
    A impunidade talvez esteja associada, ao crescimento do índice de violência que envolve menores de idade. Tramitam no congresso nacional, vários projetos de redução da maioridade penal para 16 anos. Talvez não seja o melhor caminho, porém os infratores serão punidos.   
    Nos EUA o juiz decide a partir dos seis anos de idade, se a criança deve ser julgada como adulto ou não. Na Inglaterra não há limite definido, dependendo da gravidade o jovem é julgado como adulto. Argentina e Chile, a partir do 16 anos. Aqui no Brasil pode matar a vontade.    

domingo, 5 de maio de 2013

Adeus Muchachos

        Em uma tarde ensolarada de sábado no ano de 2003, eu estava tomando cerveja em companhia de alguns amigos no restaurante pantanal, quando sentí algo em minhas costas. Era um adesivo do partido dos trabalhadores (PT), colado em minha camiseta.
       Tratava-se de um convite informal, para que eu prestigiasse um encontro municipal do partido onde várias filiações seriam feitas. Essa gentileza partiu do Sr. Cleverlan Machado, notório membro e um dos fundadores do partido em nossa cidade.
       No ano de 1989, eu presenciei um comício em frente ao restaurante pinguim (Ribeirão Preto/SP) do Sr. Luís Inácio de Oliveira (Lula). Naquela tarde de domingo, eu fiquei emocionado ao ouvir o coro da multidão cantando o hino da democratização "Olê olê olê olá, Lula" .
       Eu aceitei o convite e mesmo com uma baita ressaca no domingo, fui até onde funcionava a câmara de vereadores e filiei-me no PT.  Daquele dia em diante fiz o meu papel como filiado, votei nos candidatos do partido e participei das suas diretrizes.
      O sonho do partido dos trabalhadores, foi alcançado. Após três derrotas consecutivas, Lula o operário conseguiu o mais alto cargo eletivo do país, a Presidência da República. O mundo olhou com desconfiança, mas o Brasil com esperança. Começava aí o projeto do PT.
      Depois de sucessivos escândalos de corrupção, eu entendi que o partido era igual aos outros. O que os diferenciavam eram apenas as suas origens, a ganância e a sede pelo poder eram iguais. Dessa forma não me restou outra opção, a não ser dizer adeus.