A vida de quem mora nos morros cariocas, não tem sido fácil. No começo da década de 1930 a ocupação desordenada se deu pela falta de política habitacional e pela localização central dos morros. Os menos favorecidos e pobres, não tinham outra opção.
Naquela época, as pessoas iam se ajeitando e construindo os seus barracos, pois ficavam perto do local de seu trabalho e de fácil acesso. Assim nasciam as primeiras comunidades, formada principalmente por negros que desde a abolição dos escravos se alojaram nas encostas cariocas.
Dalí nasceu o samba e o pagode, e as principais escolas de samba do Rio de Janeiro.Durante décadas os morros foram apenas local de moradia das classes baixas e berço de vários sambistas. A vida pacata e cheia de sobe e desce durou algum tempo.
A partir de meados de 1950 o jogo do bicho, começou a recrutar moradores locais para fazerem parte do exército da contravenção. Bons tempos aqueles que no máximo que acontecia era briga de marido e mulher ou discussão por time de futebol ou qual escola de samba era melhor.
Hoje, morre em média 60 pessoas por mês nos morros cariocas. O tráfico de drogas dominou os morros do canta galo, dona marta, pavão, borel, mangueira, macacos, rocinha e a maioria deles, que são mais de 200 na cidade do Rio de Janeiro.
Existe uma população de mais de 3 milhões de pessoas, que vivem em morros cariocas. Gente boa e trabalhadora que querem sossego e uma vida digna. Em meio a esse fogo cruzado entre a polícia e traficantes, essa gente leva a pior.
Todos os dias através dos noticiários de TV, nós tomamos conhecimento de vidas ceifadas por balas perdidas, que na verdade tem alvo definido, os inocentes dessa guerra . O governo do Estado do Rio de Janeiro, pretende gastar até o fim de 2013, a soma de 244 milhões de reais no combate a violência nos morros.
A polícia militar implantou as (UPP) unidades pacificadora de polícia, com a finalidade de diminuir a violência, tráfico de drogas e mortes nos morros. O trabalho vem dando resultado, em alguns morros onde o crime organizado dominava, hoje essa situação é bem diferente.
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