Recentemente, a polícia desmantelou um esquema que fraudava o vestibular, em uma universidade privada de Cuiabá. O curso em questão é o de medicina, um dos mais procurados e caros do País. Em média a mensalidade chega a R$ 4.500,00
O esquema consistia na venda do gabarito com as respostas. Através de um aparelho celular, escondido dentro de calçados, os candidatos recebiam toques vibratório que indicavam as respostas. Uma espécie de código Morse.
As transações eram feitas através da Internet, e o suposto aliciador de Goiânia, não foi identificado. Foram presas mais de 20 pessoas, que participavam desse esquema e que pagaram a singela bagatela de R$ 20.000,00 A maioria era de jovens.
No momento da prisão em flagrante, os fraudadores confessaram o crime e alegaram a dificuldade de aprovação no curso de medicina, como o motivo que os levaram a se arriscarem. Muitos declararam que haviam tentado a aprovação por vários anos e não conseguiram êxito.
A Bolívia e agora o Paraguai, viraram roteiro para estudantes que desejam cursar medicina e que não querem passar pelo exame de aprovação em vestibular. Nesses países basta o candidato se matricular, frequentar e ser aprovado no curso.
Com mensalidades que variam de R$ 500 a 1.500, os brasileiros estão migrando para essas faculdades e chamando a atenção dos conselhos regionais de medicina, quanto a qualidade de ensino. Tendo em vista que aqui no Brasil, 80% dos formados em medicina do estado de São Paulo, não conseguem passar em um simples teste clínico.
Essa situação já chamou a atenção do congresso nacional, existem vários projetos de lei, que querem introduzir um teste similar ao da orden dos advogados do Brasil, para os recém formados em medicina, além da residência obrigatória.
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