domingo, 22 de fevereiro de 2015

Disparidade

    Na minha juventude eu cheguei a admirar as profissões de juiz e promotor público, confesso hoje que apesar de ser uma carreira difícil e que requer curso superior de direito e concurso público para o seu ingresso, perdi o entusiasmo.
    Os auxílios que essas duas profissões recebem, é algo incompreensível em um país onde o salário de um trabalhador mal dá para se alimentar. Compreendo que trata-se do mérito individual, de cada juiz e promotor o alcance do cargo.
   A diferença salarial de um professor com o salário de um juiz por exemplo, é gritante levando em consideração a importância de um educador, não desmerecendo ou diminuindo a função de um magistrado ou promotor público. 
   É lógico que cada  pessoa escolhe a sua profissão, entretanto algumas recebem tantos mimos e mordomias, que se torna injustificável e aceitável, essa situação que no mínimo eu considero imoral, apesar de ser amparada em lei. 
   Se a constituição brasileira determina que todos os cidadãos tem os mesmos direitos, portanto o trabalhador também deveria receber auxílio moradia, alimentação, transporte, vestuário, cultural, e auxilio diversão  incorporado ao seu salário.
   Tenho um primo juiz, outro promotor e um amigo desembargador, embora recebam esses benefícios, os três tem consciência da disparidade entre os salários de servidores público. Não se trata de inveja e nem de mágoa, apenas de justiça. 

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