Em 1978, eu tinha dez anos de idade e me lembro como se fosse hoje, era uma tarde de inverno do mês de setembro. Naquela tarde surgiu na rua Dr. José Morbeck, em frente onde hoje funciona o supermercado real, um perna de pau.
Naquela época, as ruas de nossa cidade não eram calçadas ou asfaltadas. De longe eu avistei aquele ser de mais de cinco metros de altura, em meio a poeira anunciando com um megafone que o circo havia chegado em nossa cidade.
Dezenas de crianças e cães latindo, seguiam aquele homem vestido de palhaço com as suas enormes pernas gritando "hoje tem espetáculo" e a criançada respondia "tem, sim senhor". A cada resposta positiva, o perna de pau jogava balas para a criançada.
Como não havia televisão, rádio e internet, o circo era uma atração que reunia toda a família e moradores de toda a região. O local onde o picadeiro era montado, é onde hoje foi construido a Igreja evangélica presbiteriana renovada (Pastor Célio)
Segundo o meu assessor para assunto circense (João Maia), o maior e melhor circo que já se apresentou em nossa cidade, foi o Transcontinental. O único meio de conhecer animais selvagens, como leões, elefante e chimpanzé era o circo.
Além das feras, os palhaços faziam o público se divertir com a suas piadas. Entre as principais atrações do espetáculo, eu destaco os números de mágica e o trapézio que tirava o fôlego da platéia. O globo da morte e anões, eram novidades.
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