Em 1981 eu me matriculei na acadêmia Shotokan de caratê em Barra do Garças, sob a tutela do mestre Pedrão, sargento oficial da aeronáutica base Aragarças GO. Um homem sério, honesto, exigente e exímio carateca faixa preta terceiro dan.
Eu tinha 13 anos, e vivia os ares da puberdade, namoricos e tudo era novidade. Naquela época a minha Barra querida era sinônimo de praia, festas, mulheres bonitas, e festivais de canções. A dupla Eudes e Candinho começavam a fazer sucesso.
A filosofia do caratê, é nunca atacar e sim se defender. Emboido nessa tese, eu chamava a atenção pelos meu um metro e oitenta e beleza física. A primeira Maria Angélica a gente nunca esquece. O primeiro beijo com a assessoria do amigo marcolino foi um evento.
Nessa idade a gente coleciona amigos e desafetos, e comigo não foi diferente. A juventude nos proporciona a descoberta das coisas novas, boas e ruins. Por motivos de ciúmes eu comecei a ser perseguido na escola Dom Bosco.
Para me defender, eu procurei ajuda técnica para acalmar os impulsos dos meus algozes. Ao me tornar um carateca, aprendi que o homem tem muitos valores a serem descobertos, e um deles é sem dúvidas compreender a ignorância humana.
O caratê forma atleta e homens, hoje eu agradeço o meu mestre Pedrão onde quer que esteja, pelos ensinamentos e pela faixa vermelha que consegui com muito esforço. A partir do momento que eu absorvi essa filosofia, a vida me tornou um ser humano melhor.
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