sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Samba do Crioulo Louco

        Bons tempos aqueles em que no nosso País, só existiam dois partidos políticos. Na  década de 1970 ou você era da direita a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) ou você era da esquerda o MDB ( Movimento Democrático Brasileiro). Não existia meio termo e todos se respeitavam por suas convicções politico partidárias.
          Naquela época os líderes políticos mais conhecidos eram Antonio Carlos Magalhães (BA), Marco Maciel (PE) e Paulo Maluf (SP) todos da ARENA, e do outro lado no MDB, Tancredo Neves (MG), Franco Montoro (SP), Íris Rezende (GO). Fizesse chuva ou sol, na vitória ou na derrota todos se mantinham firmes em seus ideais.
         Através da Reforma Partidária (1979) que acabou com o sistema de bipartidarismo, e introduziu o pluripartidarismo, foram criados vários partidos políticos como : PT,  PR, PP, PDT, PTB, PMN, PSOL, e ETC. E assim temos mais de 20 partidos no Brasil. Alguns desconhecidos pela maioria da população pelo fato de serem muitos e as siglas parecidas.
        Aqui em Mato Grosso nessas eleições de 2010,  pude notar a falta de fidelidade partidária entre candidatos e detentores de cargos eletivos. A bagunça está generalizada, tem prefeito do PMDB apoiando candidato ao governo do PSDB, tem candidata a deputada federal do PT  apoiando candidato ao senado pelo PDT, tem prefeito do PR apoiando candidato a deputado estadual do PSB. E assim por diante.
        Sinceramente eu não sei se isto significa um amadurecimento da democracia ou a fragilidade da legislação eleitoral. Só sei que o samba do crioulo louco está em todas as paradas de sucesso, sendo assim a instituição partido politico, perde a sua função de condutora ideológica e controladora dos rumos que a sua origem determina.

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