Em 1987 eu estava passeando em Barra do Garças (MT) de férias com 19 anos de idade e quase nada para fazer, a não ser curtir as belas praias do rio Araguaia e apreciar a beleza da filha do Tarzan de Castro. Após 20 dias, era hora de partir e ir para casa.
O meu primo Luiz Alberto Zaiden o "Mestre", advertiu-me que eu deveria sempre comprar passagem do lado oposto do motorista, pois 80% dos acidentes em rodovia o choque acontecia nos dois lados esquerdo dos veículos, levando em consideração que estão em lados opostos.
Após várias tentativas de embarque, acompanhado de vários amigos, decidi que só entraria em um ônibus se viajasse do lado direito conforme recomendação do Beko. Eu não tinha pressa, a cerveja da rodoviária estava gelada e o som do carro animava a galera.
Depois de muita espera e nenhuma vontade de deixar a Barra, eis que surge um ônibus da Viação Xavante com destino à Cuiabá com uma poltrona do lado direito. Embarquei despreocupado com um amigo na poltrona ao lado, o Adriano Azevedo.
Ao amanhecer o dia por volta das seis da manhã, eu estava acordado fumando um cigarro Marlboro, naquela época era permitido, quando uma carreta da sementes Mônica de Rondonópolis ao tentar fazer uma ultrapassagem, chocou-se com o nosso ônibus.
O saldo foram 13 mortos e vários feridos, eu o Adriano e o Marquinhos de Aragarças (GO), não sofremos nada, porém várias professoras que estavam indo para um encontro em Cuiabá, não tiveram a mesma sorte e morreram no acidente.
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