domingo, 5 de maio de 2013

Adeus Muchachos

        Em uma tarde ensolarada de sábado no ano de 2003, eu estava tomando cerveja em companhia de alguns amigos no restaurante pantanal, quando sentí algo em minhas costas. Era um adesivo do partido dos trabalhadores (PT), colado em minha camiseta.
       Tratava-se de um convite informal, para que eu prestigiasse um encontro municipal do partido onde várias filiações seriam feitas. Essa gentileza partiu do Sr. Cleverlan Machado, notório membro e um dos fundadores do partido em nossa cidade.
       No ano de 1989, eu presenciei um comício em frente ao restaurante pinguim (Ribeirão Preto/SP) do Sr. Luís Inácio de Oliveira (Lula). Naquela tarde de domingo, eu fiquei emocionado ao ouvir o coro da multidão cantando o hino da democratização "Olê olê olê olá, Lula" .
       Eu aceitei o convite e mesmo com uma baita ressaca no domingo, fui até onde funcionava a câmara de vereadores e filiei-me no PT.  Daquele dia em diante fiz o meu papel como filiado, votei nos candidatos do partido e participei das suas diretrizes.
      O sonho do partido dos trabalhadores, foi alcançado. Após três derrotas consecutivas, Lula o operário conseguiu o mais alto cargo eletivo do país, a Presidência da República. O mundo olhou com desconfiança, mas o Brasil com esperança. Começava aí o projeto do PT.
      Depois de sucessivos escândalos de corrupção, eu entendi que o partido era igual aos outros. O que os diferenciavam eram apenas as suas origens, a ganância e a sede pelo poder eram iguais. Dessa forma não me restou outra opção, a não ser dizer adeus.    

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